domingo, 24 de outubro de 2010

Alfabetisação em Braille

A professora Luciane professora da Sala de Recursos, que também trabalha com alunos com deficiência visual e Visão Sub Normal, desemvolve alfabetisação em Braille com uma menina de 8 anos que está no 2° anos do encino fundamental.
As atividades desemvolvidas são: Leitura, escrita Braille, algumas técnicas de Orientação e Mobilidade, AVAS( atividades da vida diária) e entre outras.

A Sala de Recursos, é mantida pela prefeitura municipal.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Atividades de alfabetisação em Braille

A Sala de Recursos trabalha com o Braille e visão Sub Norma

Atores Cegos e Surdos viram a Censsação do teatro Isrraelensse

Atores cegos e surdos viram a censsação do teatro Isrraelensse

Encenada com a ajuda de tradutores, a peça 'Não só de pão', do Grupo Nalaga'at, já foi vista por mais de 150 mil pessoas

TEL AVIV - As portas do teatro se abrem e, no palco, 11 pessoas amassam uma mistura de farinha, água e fermento. Enquanto o público vai se acomodando, os
atores, vestidos de chefes de cozinha, forjam no trigo o milagre do pão, que, no final da apresentação, recém-saído do forno, irá fartar a plateia. A curiosidade
é fermentada por um detalhe: a peça israelense "Não só de pão" é encenada pelo grupo teatral Nalaga'at, o único do mundo formado apenas por atores simultaneamente
surdos e cegos.

Engana-se, no entanto, quem espera um espetáculo recheado de autocomiseração ou um show de esquisitices. Em uma hora e meia, tempo que leva para assar o
pão, a peça relata sonhos, aspirações e experiências pessoais dos atores surdo-cegos com muito bom humor e joie de vivre. Os tópicos podem ser pesados,
como solidão, escuridão e silêncio. E os sonhos podem parecer banais, como ver TV, jogar futebol e ir ao cinema. Mas o espetáculo trata tudo isso com delicadeza
e sem melancolia.

Tambores marcam as cenas

Uma equipe de oito tradutores ajuda o público a entender o que está sendo contado, além de acompanhar os atores pelo palco. Os ajudantes também dão o ritmo
do espetáculo ao bater tambores que, sentidos pelos atores, servem de deixa para a próxima cena.

Em três anos de montagem, o espetáculo já foi assistido por mais de 150 mil pessoas, em Israel e no exterior. No mês passado, o grupo fez 12 apresentações
em Londres e foi aclamado pela crítica local. "Cegos, surdos e brilhantes", decretou o jornal britânico "Telegraph". Para Adina Tal, diretora da peça e
fundadora do Nalaga'at ("Toque, por favor", em hebraico), o segredo do sucesso é o justamente tratar atores e público com respeito, sem apelações.

- Não encaro ninguém de maneira especial. Ao contrário: sou mais severa com os atores surdos e cegos do que jamais fui com outros pupilos. Não sou nenhuma
Madre Teresa - conta a diretora, de 57 anos, nascida na Suíça, mas que mora em Israel desde os 20 anos de idade. - Me apaixonei por esses atores porque
vi que tinham potencial. Como eles, descobri que não há limite para o espírito humano.

A experiência no palco é descrita pelos atores como libertadora.

- Minha vida mudou depois que comecei a atuar. No palco, me sinto livre. E isso se reflete também fora dele - explica ao GLOBO Bat-Sheva Ravenseri, de 40
anos, mãe de três filhos, que nasceu surda e perdeu a visão na juventude. - O que queremos é que as pessoas conheçam nosso mundo e o respeitem - completa
a atriz, tateando as mãos do tradutor, na linguagem imortalizada pela mais famosa surda-cega da História, a americana Helen Keller.

Para outra atriz, Shoshana Segal, de 65 anos, o resultado pessoal do espetáculo é sua inserção social. Através da peça, ela sente que, depois de tantos
anos, contribui para a sociedade. Yitzik Hanuna, de 55 anos, vai ainda mais longe. O espetáculo, para ele, deu sentido à sua existência.

- Atuar abriu um mundo novo para mim. Agora, tenho motivo para acordar de manhã. Como diz o nome da peça, não só de pão vive o homem. Todos precisam de
uma motivação, de um porquê - diz Yitzik, que nasceu cego e perdeu a audição na infância, depois de contrair meningite.

A ideia de criar o grupo de teatro surgiu há dez anos, depois que Adina foi convidada a ministrar um workshop para surdos-cegos. Dois anos depois, estreava
a peça "A luz é ouvida em ziguezague", com direito a apresentações nos Estados Unidos e na Europa. A montagem de "Não só de pão", em 2008, mostrou que
o grupo de atores não tinha a intenção de cair no esquecimento.

O sucesso das peças fez com que o projeto se ampliasse para o que é hoje: uma ONG voltada para pessoas surdas, cegas ou surdas-cegas, com oficinas, cursos
e espetáculos para adultos e crianças. Dois terços dos 120 funcionários da organização têm alguma deficiência visual ou auditiva.

A atual sede do Nalaga'at fica num armazém renovado no velho porto de Jaffa, subúrbio de Tel Aviv. Além do teatro, o local conta com um café, o Kapish,
no qual todos os garçons são surdos, e um restaurante, o BlackOut, servido apenas por garçons cegos (os clientes comem na escuridão total, como se também
não pudessem ver). O resultado de tantas atividades é que a ONG quase não precisa de doações para sobreviver.

Tudo isso parece um sonho para Adina Tal, que, há dez anos, nunca tinha visto um surdo-cego na vida. Ela confessa que a vida a surpreendeu.

- Me sinto abençoada. Acho que conheci os atores numa idade em que precisava de desafios. E isso não faltou nos últimos dez anos. Não tive um único dia
de chateação - garante.

Atividades pedagógicas



Atividades pedagógicas

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

A importância da organisação na vida do deficiente visual

A importância da organização na vida da pessoa com deficiência visual
Informações foram retiradas da lista Mãededeficiente, com sugestões práticas de organização do cotidiano da pessoa cega. As dicas foram dadas por Daniel
Monteiro e Luiz Alberto M. de Carvalho e Sil

Hoje resolvi falar sobre um tema de fundamental importância na vida de um deficiente visual - seja ele criança, adulto ou de qualquer idade: a organização.

Para quem tem a visão ela pode passar despercebida, sem importância, pois mesmo que você - que vê normalmente - deixe alguma coisa fora do lugar, será fácil
com um simples movimento dos olhos localizá-la.

Mas no caso de alguém com perda parcial ou total da visão, isto não se aplica, pois estes últimos dependem totalmente do tato e de outros sentidos, levando
- em algumas tarefas - um pouco mais de tempo que alguém que enxerga. Por isto vale ressaltar com veemência a importância da organização, seja no lar ou
em qualquer lugar onde se possa estar.

Espacial

Um importante passo é evitar o máximo possível fazer mudanças de móveis, da disposição de objetos ou outras mudanças com muita freqüência, isto pode deixar
seu filho, parente ou amigo cego totalmente desorientado, e não há nada pior que ficar perdido, sem saber onde se está, ou como se diz: como barata tonta
dentro da própria casa.

Não quero dizer que as mudanças sejam desnecessárias e maléficas, mas que devam ser avisadas com alguma antecedência ao deficiente visual, para evitar desconfortos
e situações desagradáveis. Além disso, é imprescindível uma familiarização com tudo o que foi mudado, exatamente como fazemos quando chegamos a hotéis,
locais de eventos ou qualquer outro ambiente que ainda não conheçamos e com o qual precisaremos interagir freqüentemente. Assim será menor o risco de grandes
confusões e até de pequenos acidentes, como trombadas, tombos e afins.

Depois de feito isso, procure sempre manter tudo na mesma posição de costume, pois às vezes procurar um simples objeto que está a poucos centímetros mais
adiantado ou mais afastado do local de costume torna-se uma tarefa penosa para uma pessoa cega - ou até mesmo com visão reduzida - em um ambiente pouco
iluminado ou em outras condições desfavoráveis, o simples gesto de procurar uma chave pode se transformar em um tatear sem sentido, uma busca que poderá
levar dezenas de minutos, algo que poderia ser feito em alguns décimos de segundo, devido à familiaridade que a pessoa com limitação visual tem com o ambiente
onde está e com os objetos que estão presentes nele.

Alimentação

A organização pode estar presente também na alimentação. A comida pode ser organizada de acordo com os ponteiros do relógio, para que o deficiente visual
possa saber exatamente aquilo que está comendo, sem a necessidade de recorrer a um costume terrivelmente anti-higiênico: o hábito de tatear o prato em
busca do alimento desejado. Esta técnica pode ser feita da seguinte forma:

Suponhamos que o cardápio seja; Arroz, feijão, carne e batata. O arroz pode estar ao meio-dia (no topo do prato), como no relógio onde para marcar 12 horas
o ponteiro precisa estar no topo. O feijão pode estar às 3 horas, no canto direito do prato, como no relógio. A carne às 6 horas - na parte inferior do
prato - e a batata no canto esquerdo (9 horas).

As roupas no armário

Quanto às roupas, o interessante é sempre deixar pijamas em uma mesma gaveta, roupas próprias para sair em outra, roupas sociais em outra e assim por diante.

Quanto às cores, pode-se bordar na etiqueta da roupa as iniciais da cor da peça (bg para bege, pr para preto etc), embora já existam roupas com
marcações em Braille bordadas nas etiquetas à venda no mercado.

No caso de crianças pequenas em processo de alfabetização, o aprendizado de
organização e AVD (Atividades da Vida Diária) pode ser combinado com a prática do Sistema Braille. Isto pode ser feito marcando latas, eletrodomésticos
e afins com os seus nomes em Braille.

Uma dificuldade que a criança pode ter - como eu mesmo já tive - é confundir
cômoda com criado-mudo. É interessante diferenciar a princípio um do outro colocando os respectivos nomes em Braile, através de pequenas etiquetas, fita
rotex (pode ser com reglete, máquina Braille ou até mesmo com rotuladoras próprias para isso).

O uso do Sistema Braille na organização da pessoa cega é muito amplo, como relatou a Profa. Ethel Rosenfeld, em palestra proferida no I Simpósio Brasileiro
sobre o Sistema Braille, realizado no ano de 2001 em Salvador (Bahia).

É importante também ensinar a criança desde a mais tenra idade a se organizar pe conta própria, colocando por exemplo todo o material da escola sempre em
um mesmo lugar,sempre na mesma posição.

O dinheiro na carteira

Isto pode ser usado anos depois, na organização do dinheiro, para que o deficiente visual não se perca na hora que precisar saber quanto dinheiro leva na
carteira.

Eu procedo da seguinte maneira: arrumo um cano na carteira só para moedas. Muitas carteiras à venda no mercado vêm com um porta-moedas, que pode até ser
usado como referencial para a posição correta da carteira. Ele deve estar sempre voltado para a mão do usuário no momento em que a carteira é apanhada,
nunca deve ser colocado contra o corpo da pesoa, para que a carteira não fique de cabeça para baixo e também para que as moedas não caiam no chão no momento
em que o zíper é aberto. Quando a carteira é aberta, os primeiros espaços podem ser usados para colocar os documentos - RG, cartão do convênio (se houver),
bilhetes de isenção, outros. O dinheiro precisa estar - via de regra - separado pelo valor das notas. Costumo colocar as notas menores sempre dobradas
- como, por exemplo, notas de 1 real em um cano dobradas, notas de 2 reais abertas - no mesmo lugar. As maiores - como de 10 e 20 reais - sempre as deixo
abertas, esticadas, e no mesmo lugar as de 5 reais, sempre dobradas para poder diferenciar. Nas ainda maiores - 50 e 100 reais - costumo colocar um clipe
de papel, para saber que se tratam de notas com um valor maior.

Outra coisa que pode ajudar é a existência de uma pochete ou até mesmo uma pequena mochila, onde possamos guardar nossos pertences - como carteiras e outros
- que precisamos usar enquanto estivermos fora de casa, pendurando-a na cintura o na calça, ficando com uma das mãos livres enquanto na outra carregamos
a bengala. A bolsa pode ser organizada no foi descrito acima, cada espaço destinado a colocar um íten.

Bem, há vários tópicos a serem discutidos sobre este tema, que não conseguiria deixar em um texto só.

Daniel Monteiro

Outros cuidados

* Você se esqueceu das portas meio abertas, que são verdadeiras armadilhas, e das meias que devem ser colocadas em sacos diferentes para cada cor. Acho
que você se esqueceu desse detalhe porque, na sua idade, só se usam tênis.
Nós, que andamos de terno, temos que combinar as meias com os sapatos e as calças. Por outro lado, algumas sugestões estão um tanto exageradas A maioria
das roupas conseguimos distinguir pelo tato, justamente as sociais, que são mais semelhantes, você recomendou que se pusessem numa só gaveta.
Isso é um desastre. Temos que combinar as camisas com os ternos e as gravatas, de sorte que também elas devem ser bordadas com a cor, bem como as etiquetas
das gravatas.

* Precisamos etiquetar também as latas de graxa e respectivas escovas e trapos de lustrar, lembrando sempre que, como costumamos nos sujar com a graxa e
não dá pra fazer o serviço de luvas, devemos engraxar os sapatos antes do banho.

* Por falar nisso, eu me barbeio no chuveiro, visto que não preciso do espelho. A barba fica muito mais bem feita e não sujo a pia.

* Finalmente, nunca me passou pela cabeça tatear o prato para saber o que estou comendo. Uso o olfato e a ponta do garfo para esse fim. Assim, jamais precisei
dessa artimanha para arrumar a comida, mesmo porque, em viagem, fica impossível. Nos aviões, por exemplo, as bandejas já vêm prontas.