domingo, 24 de outubro de 2010

Alfabetisação em Braille

A professora Luciane professora da Sala de Recursos, que também trabalha com alunos com deficiência visual e Visão Sub Normal, desemvolve alfabetisação em Braille com uma menina de 8 anos que está no 2° anos do encino fundamental.
As atividades desemvolvidas são: Leitura, escrita Braille, algumas técnicas de Orientação e Mobilidade, AVAS( atividades da vida diária) e entre outras.

A Sala de Recursos, é mantida pela prefeitura municipal.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Atividades de alfabetisação em Braille

A Sala de Recursos trabalha com o Braille e visão Sub Norma

Atores Cegos e Surdos viram a Censsação do teatro Isrraelensse

Atores cegos e surdos viram a censsação do teatro Isrraelensse

Encenada com a ajuda de tradutores, a peça 'Não só de pão', do Grupo Nalaga'at, já foi vista por mais de 150 mil pessoas

TEL AVIV - As portas do teatro se abrem e, no palco, 11 pessoas amassam uma mistura de farinha, água e fermento. Enquanto o público vai se acomodando, os
atores, vestidos de chefes de cozinha, forjam no trigo o milagre do pão, que, no final da apresentação, recém-saído do forno, irá fartar a plateia. A curiosidade
é fermentada por um detalhe: a peça israelense "Não só de pão" é encenada pelo grupo teatral Nalaga'at, o único do mundo formado apenas por atores simultaneamente
surdos e cegos.

Engana-se, no entanto, quem espera um espetáculo recheado de autocomiseração ou um show de esquisitices. Em uma hora e meia, tempo que leva para assar o
pão, a peça relata sonhos, aspirações e experiências pessoais dos atores surdo-cegos com muito bom humor e joie de vivre. Os tópicos podem ser pesados,
como solidão, escuridão e silêncio. E os sonhos podem parecer banais, como ver TV, jogar futebol e ir ao cinema. Mas o espetáculo trata tudo isso com delicadeza
e sem melancolia.

Tambores marcam as cenas

Uma equipe de oito tradutores ajuda o público a entender o que está sendo contado, além de acompanhar os atores pelo palco. Os ajudantes também dão o ritmo
do espetáculo ao bater tambores que, sentidos pelos atores, servem de deixa para a próxima cena.

Em três anos de montagem, o espetáculo já foi assistido por mais de 150 mil pessoas, em Israel e no exterior. No mês passado, o grupo fez 12 apresentações
em Londres e foi aclamado pela crítica local. "Cegos, surdos e brilhantes", decretou o jornal britânico "Telegraph". Para Adina Tal, diretora da peça e
fundadora do Nalaga'at ("Toque, por favor", em hebraico), o segredo do sucesso é o justamente tratar atores e público com respeito, sem apelações.

- Não encaro ninguém de maneira especial. Ao contrário: sou mais severa com os atores surdos e cegos do que jamais fui com outros pupilos. Não sou nenhuma
Madre Teresa - conta a diretora, de 57 anos, nascida na Suíça, mas que mora em Israel desde os 20 anos de idade. - Me apaixonei por esses atores porque
vi que tinham potencial. Como eles, descobri que não há limite para o espírito humano.

A experiência no palco é descrita pelos atores como libertadora.

- Minha vida mudou depois que comecei a atuar. No palco, me sinto livre. E isso se reflete também fora dele - explica ao GLOBO Bat-Sheva Ravenseri, de 40
anos, mãe de três filhos, que nasceu surda e perdeu a visão na juventude. - O que queremos é que as pessoas conheçam nosso mundo e o respeitem - completa
a atriz, tateando as mãos do tradutor, na linguagem imortalizada pela mais famosa surda-cega da História, a americana Helen Keller.

Para outra atriz, Shoshana Segal, de 65 anos, o resultado pessoal do espetáculo é sua inserção social. Através da peça, ela sente que, depois de tantos
anos, contribui para a sociedade. Yitzik Hanuna, de 55 anos, vai ainda mais longe. O espetáculo, para ele, deu sentido à sua existência.

- Atuar abriu um mundo novo para mim. Agora, tenho motivo para acordar de manhã. Como diz o nome da peça, não só de pão vive o homem. Todos precisam de
uma motivação, de um porquê - diz Yitzik, que nasceu cego e perdeu a audição na infância, depois de contrair meningite.

A ideia de criar o grupo de teatro surgiu há dez anos, depois que Adina foi convidada a ministrar um workshop para surdos-cegos. Dois anos depois, estreava
a peça "A luz é ouvida em ziguezague", com direito a apresentações nos Estados Unidos e na Europa. A montagem de "Não só de pão", em 2008, mostrou que
o grupo de atores não tinha a intenção de cair no esquecimento.

O sucesso das peças fez com que o projeto se ampliasse para o que é hoje: uma ONG voltada para pessoas surdas, cegas ou surdas-cegas, com oficinas, cursos
e espetáculos para adultos e crianças. Dois terços dos 120 funcionários da organização têm alguma deficiência visual ou auditiva.

A atual sede do Nalaga'at fica num armazém renovado no velho porto de Jaffa, subúrbio de Tel Aviv. Além do teatro, o local conta com um café, o Kapish,
no qual todos os garçons são surdos, e um restaurante, o BlackOut, servido apenas por garçons cegos (os clientes comem na escuridão total, como se também
não pudessem ver). O resultado de tantas atividades é que a ONG quase não precisa de doações para sobreviver.

Tudo isso parece um sonho para Adina Tal, que, há dez anos, nunca tinha visto um surdo-cego na vida. Ela confessa que a vida a surpreendeu.

- Me sinto abençoada. Acho que conheci os atores numa idade em que precisava de desafios. E isso não faltou nos últimos dez anos. Não tive um único dia
de chateação - garante.

Atividades pedagógicas



Atividades pedagógicas

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

domingo, 18 de julho de 2010

A importância da organisação na vida do deficiente visual

A importância da organização na vida da pessoa com deficiência visual
Informações foram retiradas da lista Mãededeficiente, com sugestões práticas de organização do cotidiano da pessoa cega. As dicas foram dadas por Daniel
Monteiro e Luiz Alberto M. de Carvalho e Sil

Hoje resolvi falar sobre um tema de fundamental importância na vida de um deficiente visual - seja ele criança, adulto ou de qualquer idade: a organização.

Para quem tem a visão ela pode passar despercebida, sem importância, pois mesmo que você - que vê normalmente - deixe alguma coisa fora do lugar, será fácil
com um simples movimento dos olhos localizá-la.

Mas no caso de alguém com perda parcial ou total da visão, isto não se aplica, pois estes últimos dependem totalmente do tato e de outros sentidos, levando
- em algumas tarefas - um pouco mais de tempo que alguém que enxerga. Por isto vale ressaltar com veemência a importância da organização, seja no lar ou
em qualquer lugar onde se possa estar.

Espacial

Um importante passo é evitar o máximo possível fazer mudanças de móveis, da disposição de objetos ou outras mudanças com muita freqüência, isto pode deixar
seu filho, parente ou amigo cego totalmente desorientado, e não há nada pior que ficar perdido, sem saber onde se está, ou como se diz: como barata tonta
dentro da própria casa.

Não quero dizer que as mudanças sejam desnecessárias e maléficas, mas que devam ser avisadas com alguma antecedência ao deficiente visual, para evitar desconfortos
e situações desagradáveis. Além disso, é imprescindível uma familiarização com tudo o que foi mudado, exatamente como fazemos quando chegamos a hotéis,
locais de eventos ou qualquer outro ambiente que ainda não conheçamos e com o qual precisaremos interagir freqüentemente. Assim será menor o risco de grandes
confusões e até de pequenos acidentes, como trombadas, tombos e afins.

Depois de feito isso, procure sempre manter tudo na mesma posição de costume, pois às vezes procurar um simples objeto que está a poucos centímetros mais
adiantado ou mais afastado do local de costume torna-se uma tarefa penosa para uma pessoa cega - ou até mesmo com visão reduzida - em um ambiente pouco
iluminado ou em outras condições desfavoráveis, o simples gesto de procurar uma chave pode se transformar em um tatear sem sentido, uma busca que poderá
levar dezenas de minutos, algo que poderia ser feito em alguns décimos de segundo, devido à familiaridade que a pessoa com limitação visual tem com o ambiente
onde está e com os objetos que estão presentes nele.

Alimentação

A organização pode estar presente também na alimentação. A comida pode ser organizada de acordo com os ponteiros do relógio, para que o deficiente visual
possa saber exatamente aquilo que está comendo, sem a necessidade de recorrer a um costume terrivelmente anti-higiênico: o hábito de tatear o prato em
busca do alimento desejado. Esta técnica pode ser feita da seguinte forma:

Suponhamos que o cardápio seja; Arroz, feijão, carne e batata. O arroz pode estar ao meio-dia (no topo do prato), como no relógio onde para marcar 12 horas
o ponteiro precisa estar no topo. O feijão pode estar às 3 horas, no canto direito do prato, como no relógio. A carne às 6 horas - na parte inferior do
prato - e a batata no canto esquerdo (9 horas).

As roupas no armário

Quanto às roupas, o interessante é sempre deixar pijamas em uma mesma gaveta, roupas próprias para sair em outra, roupas sociais em outra e assim por diante.

Quanto às cores, pode-se bordar na etiqueta da roupa as iniciais da cor da peça (bg para bege, pr para preto etc), embora já existam roupas com
marcações em Braille bordadas nas etiquetas à venda no mercado.

No caso de crianças pequenas em processo de alfabetização, o aprendizado de
organização e AVD (Atividades da Vida Diária) pode ser combinado com a prática do Sistema Braille. Isto pode ser feito marcando latas, eletrodomésticos
e afins com os seus nomes em Braille.

Uma dificuldade que a criança pode ter - como eu mesmo já tive - é confundir
cômoda com criado-mudo. É interessante diferenciar a princípio um do outro colocando os respectivos nomes em Braile, através de pequenas etiquetas, fita
rotex (pode ser com reglete, máquina Braille ou até mesmo com rotuladoras próprias para isso).

O uso do Sistema Braille na organização da pessoa cega é muito amplo, como relatou a Profa. Ethel Rosenfeld, em palestra proferida no I Simpósio Brasileiro
sobre o Sistema Braille, realizado no ano de 2001 em Salvador (Bahia).

É importante também ensinar a criança desde a mais tenra idade a se organizar pe conta própria, colocando por exemplo todo o material da escola sempre em
um mesmo lugar,sempre na mesma posição.

O dinheiro na carteira

Isto pode ser usado anos depois, na organização do dinheiro, para que o deficiente visual não se perca na hora que precisar saber quanto dinheiro leva na
carteira.

Eu procedo da seguinte maneira: arrumo um cano na carteira só para moedas. Muitas carteiras à venda no mercado vêm com um porta-moedas, que pode até ser
usado como referencial para a posição correta da carteira. Ele deve estar sempre voltado para a mão do usuário no momento em que a carteira é apanhada,
nunca deve ser colocado contra o corpo da pesoa, para que a carteira não fique de cabeça para baixo e também para que as moedas não caiam no chão no momento
em que o zíper é aberto. Quando a carteira é aberta, os primeiros espaços podem ser usados para colocar os documentos - RG, cartão do convênio (se houver),
bilhetes de isenção, outros. O dinheiro precisa estar - via de regra - separado pelo valor das notas. Costumo colocar as notas menores sempre dobradas
- como, por exemplo, notas de 1 real em um cano dobradas, notas de 2 reais abertas - no mesmo lugar. As maiores - como de 10 e 20 reais - sempre as deixo
abertas, esticadas, e no mesmo lugar as de 5 reais, sempre dobradas para poder diferenciar. Nas ainda maiores - 50 e 100 reais - costumo colocar um clipe
de papel, para saber que se tratam de notas com um valor maior.

Outra coisa que pode ajudar é a existência de uma pochete ou até mesmo uma pequena mochila, onde possamos guardar nossos pertences - como carteiras e outros
- que precisamos usar enquanto estivermos fora de casa, pendurando-a na cintura o na calça, ficando com uma das mãos livres enquanto na outra carregamos
a bengala. A bolsa pode ser organizada no foi descrito acima, cada espaço destinado a colocar um íten.

Bem, há vários tópicos a serem discutidos sobre este tema, que não conseguiria deixar em um texto só.

Daniel Monteiro

Outros cuidados

* Você se esqueceu das portas meio abertas, que são verdadeiras armadilhas, e das meias que devem ser colocadas em sacos diferentes para cada cor. Acho
que você se esqueceu desse detalhe porque, na sua idade, só se usam tênis.
Nós, que andamos de terno, temos que combinar as meias com os sapatos e as calças. Por outro lado, algumas sugestões estão um tanto exageradas A maioria
das roupas conseguimos distinguir pelo tato, justamente as sociais, que são mais semelhantes, você recomendou que se pusessem numa só gaveta.
Isso é um desastre. Temos que combinar as camisas com os ternos e as gravatas, de sorte que também elas devem ser bordadas com a cor, bem como as etiquetas
das gravatas.

* Precisamos etiquetar também as latas de graxa e respectivas escovas e trapos de lustrar, lembrando sempre que, como costumamos nos sujar com a graxa e
não dá pra fazer o serviço de luvas, devemos engraxar os sapatos antes do banho.

* Por falar nisso, eu me barbeio no chuveiro, visto que não preciso do espelho. A barba fica muito mais bem feita e não sujo a pia.

* Finalmente, nunca me passou pela cabeça tatear o prato para saber o que estou comendo. Uso o olfato e a ponta do garfo para esse fim. Assim, jamais precisei
dessa artimanha para arrumar a comida, mesmo porque, em viagem, fica impossível. Nos aviões, por exemplo, as bandejas já vêm prontas.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Fotos da atividade realisada com os alunos


Essas fotos foram tiradas na realizassão de uma atividade sobre os dia das mães

sábado, 12 de junho de 2010

Alfabetizassão em Libras

Na Apástic se faz o trabalho de Alfabetizassão em Libras linguagem de sinais. Hoje de manhã, assisti uma aula de alfabetizassão do aluno Cladmir.
Este já tem uma boa idade, mas quando era pequeno os pais não isentivaram a leitura. Cladmir tem Surdez total.

Copa do Mundo

Dia 10/06/10 os alunos da Sala de recursos em comemoração a copa do Mundo fizeram uma dinâmica, durante a Dinâmica fisemos uma atividade física com bola de Guiso para os cegos identificarem a onde foi parar a bola.
Para nós foi um momento de lazer.
Para se exerssitarmos e esquentar do frio.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Atividades da vida diária

Hoje a aluna Lucia Scariot aprendeu a onde a roupa está do lado a veço e do lado certo. E também aprendi assinar o meu nome. As atividades da vida Diária para os alunos deficientes visuais são nnecessárias. Para que com o tempo eles se tornem idependente. Ou seja, ter sua própia independência. Esse é o meu depoimento das Atividades da vida diária do dia 08/06/10

Alfabeto Braille

> Alfabeto

Alfabeto Braille da Língua Portuguesa

Célula Braille

A célula Braille é composta por 6 pontos alinhados em duas colunas paralelas, conforme se vê na imagem seguinte. Na primeira coluna os pontos são referenciados
como pontos 1, 2 e 3 respectivamente de cima para baixo. Na segunda coluna e pela mesma ordem da primeira coluna encontram-se os números 4, 5 e 6. Pode
ver o número do ponto colocando o rato em cima do ponto respectivo. As pessoas cegas têm acesso a essa legenda usando uma linha braille ou sintetizador
de voz. O alfabeto braille apresentado abaixo também é possível ser visto com uma linha braille ou um sintetizador de voz. Se posicionar o rato em cima
de um dos seguintes caracteres braille encontra a sua legenda, a qual é composta pelos pontos braille. As pessoas cegas têm acesso a esta legenda usando
a linha braille ou o sintetizador de voz.

tabela com 2 colunas e 3 linhas
ponto 1
ponto 4
ponto 2
ponto 5
ponto 3
ponto 6
Fim de tabela


tabela com 10 colunas e 3 linhas
ponto 1:
a
pontos 12:
b
pontos 14:
c
pontos 145:
d
pontos 15:
e
pontos 124:
f
pontos 1245:
g
pontos 125:
h
pontos 24:
i
pontos 245:
j
pontos 13:
k
pontos 123:
l
pontos 134:
m
pontos 1345:
n
pontos 135:
o
pontos 1234:
p
pontos 12345:
q
pontos 1235:
r
pontos 234:
s
pontos 2345:
t
pontos 136:
u
pontos 1236:
v
pontos 1346:
x
pontos 13456:
y
pontos 1356:
z
pontos 12346:
ç
pontos 2456:
w
Fim de tabela

Letras acentuadas

tabela com 5 colunas e 4 linhas
pontos 345:
ã
pontos 246:
õ
pontos 16:
â
pontos 126:
ê
pontos 12456:
ï
pontos 1456:
ô
pontos 1256:
ü
pontos 12356:
á
pontos 123456:
é
pontos 34:
í
pontos 346:
ó
pontos 23456:
ú
pontos 1246:
à
pontos 2346:
è
pontos 146:
ì
pontos 2456:
ò
pontos 156:
ù
Fim de tabela

Sinais de Pontuação

tabela com 10 colunas e 2 linhas
ponto 2:
,
pontos 23:
;
pontos 25:
:
ponto 3:
.
pontos 26:
?
pontos 235:
!
pontos 1263:
(
pontos 6345:
)
pontos 236:
«
pontos 236:
»
pontos 333:
...
pontos 36:
-
ponto 3:
'
pontos 35:
*
Fim de tabela

- indicativo de maiúscula:
pontos 46:

- indicativo de número:
pontos 3456:

- indicativo de itálico:
pontos 35:

- travessão:
pontos 3636:

Bons Amigos

Boms amigos

Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente! Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende! Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar! Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a
realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão! Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade! Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas! Machado de Assis.
lista de 9 itens

A Cegueira de Dáfenis

Mensagens!A CEGUEIRA DE DÁFNIS

Dáfnis era filho de Mercúrio e de uma obscura ninfa da Sicília. Desde cedo
foi para os bosques, onde se tornou amigo de Pã, o deus amante da música. Com ele
aprendeu a compor versos e executar em sua flauta as mais belas melodias que ecoavam
pelos vales, trazendo alegria a todas as criaturas dos bosques.

Dáfnis, quando é que você vai se apaixonar de verdade? perguntava-lhe
sempre o deus dos pés de bode.

Por que me diz isto todos os dias? quis saber o pastor.

Suas canções são belas, e sua música, insuperável respondeu Pã, reclinado
sob a sombra de uma árvore. Mas falta o amor nos seus versos, e a sua poesia só
será perfeita no dia em que você viver um grande e inesquecível amor.

Inesquecível, divino Pã? perguntou o pastor, com um sorriso. E há tal
coisa? O deus lembrou-se, então, da ninfa Siringe, que havia amado e perdido há muito
tempo.

Essa flauta que você tem aí é a melhor prova do que afirmo disse Pã, silenciand
o a sua dor, que ameaçava retornar mais uma vez.

Dáfnis observou a flauta: vários caniços, de vários tamanhos, unidos com cera.
Sim, o velho Pã já havia lhe contado várias vezes que eram feitos do corpo de sua
amada, que convertera-se em um grande junco ao tentar escapar de seus rudes afagos.
Para tê-la sempre consigo, ele arrancara o junco do solo e o transformara naquela
flauta. Uma bela história, pensou Dáfnis, mas ele não tinha tanta pressa de amar,
como tinha de cantar. Por isso, recomeçou a tocar a sua flauta, alegre e despreocupado
como sempre.

Mas um dia sua bela música atraiu uma ninfa chamada Lice até o bosque.

Quem é esse pastor que canta e toca de maneira tão bela? perguntou Lice
às amigas ninfas.

É Dáfnis, filho de Mercúrio respondeu uma delas.

O pastor havia se deitado na grama, às margens de um pequeno córrego; uma
brisa suave e refrescante aliviava o calor da tarde. Tendo despido o manto, mantinha
agora uma de suas pernas mergulhada dentro da água corrente, enquanto escutava, de
olhos fechados, o dia passar.

De repente, porém, sentiu atrás de si uma presença.

Não, não abra os olhos... disse a ninfa Lice, pousando suas mãos sobre
as vistas do jovem pastor.

Dáfnis sorriu; a ninfa que tivesse uma voz cristalina e mãos de seda como
aquelas não poderia deixar de ser bela; por isso decidiu obedecer cegamente àquela
suave imposição. Em seguida escutou um ruído quase imperceptível, de algo muito volátil
e delicado que escorresse do alto por uma superfície macia até ir embolar-se na relva.
Sentiu ainda que aquilo um provável véu fora depositado sobre o seu manto, que
estava ao seu lado. Finalmente, sentiu nas costas, que estavam em contato com o solo,
um ligeiro tremor, como se alguém houvesse estendido um corpo, quase diáfano, ao
lado do seu.

O que temos aqui? disse a mesma voz, pousando a mão sobre o ventre de
Dáfnis. Este, num reflexo, movimentou suas pálpebras, mas aquela doce mão, num gesto
veloz, as cerrou outra vez. Não... lembre-se de nosso trato! disse a voz feminina,
docemente impositiva.

Pousada sobre o ventre do pastor estava sua flauta de vários tubos, presente
do deus Pã, que se movimentava ao sabor de sua respiração talvez um pouco mais
apressada, agora, do que antes da chegada daquela excitante intrusa.

Tomando a flauta em suas mãos, a ninfa Lice tentou tirar dela algumas notas,
que não soaram nada mal aos ouvidos de Dáfnis.

Nada mal, para quem se exercita pela primeira vez... disse Dáfnis, estendendo
a mão para retomar o instrumento.

Mas em vez da flauta, suas mãos tocaram as de sua misteriosa companheira.
O pastor tentou novamente abrir suas pálpebras, mas a ninfa persistia em sua atitude
proibitiva. Sem meios, então, de resistir às ordens da ninfa, Dáfnis decidiu permanecer
deitado lado a lado com ela na relva, conversando e cantando, enquanto ia desenhando
mentalmente o seu retrato.

De repente um trovão rolou pelo céu e uma chuva intensa desabou sobre seus
corpos nus. Dáfnis e Lice deixaram que as gotas se espalhassem pelos seus corpos,
numa divertida brincadeira de cócegas, até que a chuva, tornando-se muito forte,
obrigou finalmente a ninfa a erguer-se. Dáfnis aproveitou, então, para abrir os olhos.

Pela primeira vez enxergava a imagem da ninfa, ainda que pouco nítida por
causa da chuva. Era como se a visse por detrás de um espelho lavado por um jato constante
de água. Mas mesmo assim não havia a menor dúvida: era exatamente a mulher que imaginara,
traço por traço.

No mesmo instante Dáfnis e Lice uniram seus corpos e suas almas, e a partir
daí as suas vozes unidas alegraram duplamente os bosques, com canções que falavam
de um amor profundo e real.

Mas havia uma nota de melancolia na voz de Lice que somente um ouvido bem
treinado podia perceber: ela denunciava o medo da separação temor constante que
ronda todas as uniões, porque nada há neste mundo que não esteja sujeito a ela. Lice,
contudo, pressentia a separação para muito em breve, sem saber dizer o porquê.

Dáfnis, meu amor disse ela, um dia, ao pastor -, prometa que jamais me
esquecerá.

Claro, Lice querida disse-lhe o pastor, com ar despreocupado. Como poderia
esquecê-la?

Espere disse ela, pondo a mão em sua boca. Preciso escutar isto dos
seus olhos.

Mas Lice, querida, desde quando os olhos conversam... tentou completar o
pastor, porém sem sucesso; Lice havia selado os lábios de Dáfnis com um beijo, e
agora, encarando firmemente seus olhos, buscava neles a confirmação de suas palavras.

Lice, querida disse, afinal, o pastor, tentando acalmar seus temores.
-Se algum dia eu ousar esquecê-la, quero que os seus olhos sequem a luz dos meus!
Assim, impedido de enxergar outro rosto, só terei o seu para relembrar eternamente.

E com essa promessa renovaram seus votos de um novo e ardente amor.

O tempo passou, e Lice foi acalmando suas apreensões.

Um dia Dáfnis, cansado de tanto conduzir seus rebanhos, sentou-se, como da
outra vez, debaixo da sombra de uma árvore frondosa. Tomando de sua flauta, começou,
então, a tocá-la. Era uma melodia que compusera especialmente para sua amada. Toda
vez que a tocava podia enxergá-la perfeitamente nítida seu corpo nu, seus cabelos
naturalmente esvoaçantes, sua boca úmida e seus olhos cálidos, embora sempre com
aquela pequena nota angustiada, bem lá no fundo das pupilas da imagem amada.

Mas o pastor havia se afastado mais do que o habitual e, por isto, não percebeu
que logo além de onde estava havia um palácio, e que em uma de suas janelas havia
uma princesa que ninguém queria. E ela estava atônita com a beleza de Dáfnis e da
sua melodia.

Em quem pensará? perguntava-se a princesa indesejada, desejosa de ser
a inspiradora daqueles belos acordes.

Mas logo em seguida teve sua visão atraída por um brilho estranho. Um pouco
acima da copa das árvores que davam sombra ao pastor, formava-se, cada vez mais nítida,
a efígie vaporosa de uma mulher.

E ela, a dona da sua inspiração exclamou a mal-amada princesa.

A medida que a música se tornava mais apaixonante, mais a bruma adquiria o
contorno definitivo do corpo de uma mulher, formado pela lenta evaporação das notas
ardentes que subiam da mata, feito a fumaça de um desejo incandescido.

Por Vênus, como é bela sussurrou a princesa.

Suspensa acima das ramas verdejantes e revirando-se inquieta sobre seu leito
esverdeado flutuava a imagem de Lice. Estava inteiramente nua, e pelo modo inquieto
como se mexia, fazendo deslizar pelo corpo as pontas dos seus dedos aquilinos, logo
deu a entender à princesa que dormia, presa de um sonho intenso de amor. E os dedos,
apesar de serem os delas, tinham o toque evidente de um homem apaixonado.

Então a ilusória imagem da ninfa virou o rosto em sua direção: de fato, nem
de longe tinha os pobres traços da rica princesa.

\"Não, não sou eu...\", pensou ela, desconsolada.

Abatida, a princesa abandonou a janela e foi encostar-se à parede, do outro
lado do quarto. Suas costas deslizaram insensivelmente para baixo até deixá-la sentada
no chão, abraçada aos joelhos. \"Não, não sou eu\", repetiu, sentindo sua respiração
arfante umedecer seus ossudos joelhos. De repente, num impulso, fechou também os
olhos e beijou ardentemente os próprios joelhos! Mas seja por eles não terem respondido
ao seu desejo ou por ela não ter lá muita imaginação, o fato é que os mordeu com
fúria, logo em seguida.

Pois se é uma visão, farei com que desapareça! exclamou, pondo-se em pé,
num salto, tomada pela raiva.

Sem perceber que seus joelhos sangravam, correu outra vez até a janela. Seus
olhos, contudo, foram brindados agora com uma alegre visão: o pastor vinha vindo
justamente em direção ao palácio!

Dáfnis chegou até o pé da janela e gritou:

Por favor, gentil princesa, poderia me alcançar um gole de água?

Claro, pastor, já desço com ela!

Infelizmente esta gentil princesa tinha o hábito de distrair a sua solidão
da pior maneira, pois também era uma terrível feiticeira. Assim, antes de levar o
copo com a água, introduziu nele um pouco do sumo da erva mágica do esquecimento.

Aqui está! disse ela, estendendo a beberagem maldita ao sedento pastor.
Dáfnis bebeu a água de um só trago e no mesmo instante sentiu que a imagem de sua
amada Lice desaparecia de sua mente. Apavorado, estendeu as mãos, como que para agarrá-la,
mas ela retrocedia cada vez mais, até esfumar-se definitivamente no ar.

A princesa, percebendo o efeito de sua poção, perguntou-lhe:

O que houve, belo pastor?

Não sei respondeu Dáfnis, passando a mão pela testa. Tenho a impressão
de que esqueci algo muito importante...

Venha, entre comigo disse a princesa, pondo na voz o pegajoso mel da luxúria.
Tratemos, então, de fazer algo de que não esqueçamos jamais.

No dia seguinte Lice foi informada de que seu amado Dáfnis ainda estava nos
braços da terrível princesa. Desesperada, correu até os portões e tentou forçá-los,
mas foi expulsa rudemente pelos sentinelas.

Da janela surgiu, então, Dáfnis, com ar de sono.

Quem é esta louca, soldados, e o que deseja de nós?

Nós?! exclamou a ninfa.

Com a mão ressequida, que ainda assim bastava para cobrir seu peito mirrado,
a radiante princesa veio logo postar-se atrás do pastor.

Era esta a resposta!

Lice, dali mesmo de onde estava, encarou os olhos de Dáfnis, profundamente.
E nesse exato instante o pastor lembrou-se de tudo: da ninfa que amara, dos momentos
felizes que haviam gozado e também da terrível promessa que lhe fizera.

Desta vez, porém, não foi somente o rosto da ninfa que desapareceu diante
de seus olhos, mas a própria luz de tudo que o envolvia. Dáfnis estava cego -irremediavelm
ente cego para o resto da vida!

E assim passou o resto de seus dias, vítima de uma cilada e de um deslize,
vagando cego pelos bosques e montanhas. Nunca, porém, suas canções e melodias haviam
sido tão belas horrenda contradição do amor, que mais pungente se torna quanto
mais tenazmente o destino o persegue! -, a ponto do deus Pã reconhecer que agora
e somente agora sua arte se tornara absolutamente perfeita.

Por toda parte onde Dáfnis errava, com efeito, podia-se ver pairada no ar,
por alguns breves instantes, a imagem sempre evanescente de sua amada Lice, que morrera
de infelicidade. Até que um dia o pastor, cansado de tanto sofrer, subiu até o mais
alto penhasco e ali estendeu os braços para o alto, na tentativa enlouquecida de
agarrar as formas vaporosas daquela que ainda amava pois a única coisa que ainda
enxergava neste mundo era a efígie ilusória da ninfa perdida. Falseando o pé, entretanto,
mergulhou no abismo, feliz de pôr um fim involuntário a tanta desdita.

Diz a lenda, contudo, que seu pai, Mercúrio, que a tudo assistia, calçou rapidament
e as suas velozes sandálias e raptou sua alma antes que o corpo se esmagasse nas
rochas. Indo além, diz-se ainda que no mesmo dia o pastor deu entrada no Olimpo,
para fazer companhia aos deuses, tendo ao lado sua amada Lice, que ao cabo de tudo
o perdoou, afinal.

(do livro
AS MELHORES HISTÓRIAS DA MITOLOGIA
Deuses, heróis, monstros e guerras da tradição greco-romana
A. S. Franchini / Carmen Seganfredo)

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domingo, 30 de maio de 2010

Atividades para o dia das ma~es

Foi realisado uma atividade para o dia das ma~es com os alunos deficientes visuais. Os alunos levaram 3 aulas para comfecsionar esta atividade. Eles pintaram, um vaso de flor e plantaram uma muda de Azaleia.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Alfabeto manual de Libras

libras_a

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libras_cedilha

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quarta-feira, 19 de maio de 2010

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Cintomas da cegueira

Alguns cintomas que causam a cegueira e a visão Sub Normal

Dicas básicas do Jaws

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A óstra e a pérola

Mensagens!A Pérola e a Ostra

"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas"...

Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância

estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um

grão de areia.

As pérolas são feridas curadas.

Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada

NÁCAR. Quando um grão de areia a penetra, as células do NÁCAR começam a

trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para

proteger o corpo indefeso da ostra.

Como resultado, uma linda pérola vai se formando. Uma ostra que não foi

ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida

cicatrizada...

Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de alguém?

Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?

Suas idéias já foram rejeitadas, ou mal interpretadas?

Você já sofreu os duros golpes do preconceito?

Já recebeu o troco da indiferença?

Então produza uma pérola

Cubra suas mágoas com várias camadas de amor. Infelizmente, são poucas

as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria

aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas,

alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não

permitindo que cicatrizem.

Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras Vazias\", não porque

não tenham sido feridas, mas, porque não souberam perdoar, compreender e

transformar a dor em amor.

Um sorriso, um olhar, um gesto, na maioria das vezes, fala mais que mil

palavras..

quarta-feira, 12 de maio de 2010

sexta-feira, 7 de maio de 2010